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LITERATURA: ERA COLONIAL



DATA: 21/05/2021 - As Escolas Literárias (ou Movimentos Literários, ou Estilo de Época) são uma divisão criada para facilitar o estudo da Literatura, tais divisões agrupam os escritores conforme seu estilo, sua temática e o contexto histórico em que estão inseridos. A Literatura Brasileira geralmente é dividida em 2 (duas) grandes eras: a Era Colonial (de 1500 a 1808) (há um Período de Transição de Eras, de 1808 a 1836) e a Era Nacional (de 1836 aos dias atuais).


ERA COLONIAL

A Era Colonial, como o próprio nome diz, abarca grande parte do Período Colonial da História Brasileira, e vai desde de seu Descobrimento (1500) até alguns anos antes da sua Independência (1822). Nesse período, as Escolas Literárias brasileiras vão sofrer forte influência da escolas Literárias Portuguesa, tendo em vista a relação colonial estabelecidas entre os dois países, ou seja, na posição de colônia, ainda estávamos presos a cultura europeia, sobretudo lusitana.

Então na Era Colonial temos 3 (três) Escolas Literárias, o Quinhentismo (de 1500 a 1601); o Barroco (de 1601 a 1768); e o Arcadismo (de 1768 a 1808).

QUINHENTISMO (1500 - 1601)

O marco fundador do Quinhetismo é a Carta de Pero Vaz de Caminha, escrita para o então rei de Portugal, Dom Manuel I, na qual relata as riquezas descobertas no Brasil.

O período recebe este nome pois se passa, em sua maior parte nos anos de 1500, e é basicamente formado por textos de caráter histórico ou informativo, como os escritos do Frei Vicente de Salvador, Jean de Lery e Hans Staden.

Temos uma produção literária com o objetivo de informar a respeito da colônia, que é produzida no Brasil, mas por autores europeus para leitores europeus, onde se destaca o forte choque cultural com a população nativa, e a exuberante fauna e flora da nova terra.

Destaque também para a Literatura Jesuíta de cunho religioso e pedagógico, com o objetivo de catequizar os nativos brasileiros, os índios, onde temos a figura do Padre José de Anchieta.

BARROCO (1601 - 1768)

A Europa assistia a retomada dos valores da Antiguidade Clássica, Greco-Romana, com o Renascimento, além do movimento de Reforma Protestante e a resposta a este da Igreja Católica, a Contra Reforma. Enquanto no Brasil temos o Ciclo da Cana-de-açúcar, na Bahia e em Pernambuco, onde desponta uma elite agrária.

Este cenário gera uma embate dos valores humanísticos greco-romanos, Antropocêntrico (Homem como Centro), com os valores religiosos, Teocêntricos (Deus como Centro), este dualismo estará presente no Barroco, no embate entre o desejo pela materialidade opulenta e as necessidades de uma vida espiritual.

O Barroco manteve o foco na Antiguidade Clássica, assim como o Renascimento, mas as abordagens artísticas eram distintas, enquanto no Renascimento, os temas eram tratados com moderação, equilíbrio e harmonia, no Barroco, eram tratados com contraste, dramaticidade, rebuscamento, exuberância e realismo.

No campo da prosa destaque para a obra do Padre Antônio Vieira e seus Sermões, na poesia, destaque para a poesia satírica de Gregório de Matos, e a poesia épica de Bento Teixeira em Prosopopeia.

ARCADISMO (1768 - 1808)

Na Europa temos o movimento Iluminista, o poder político da rica Burguesia começa a crescer e, em contrapartida, temos a diminuição do poder da Nobreza e do Clero, temos uma valorização das Ciências e do pensamento racional. No Brasil temos o Ciclo do Ouro em Minas Gerais, onde desponta a cidade de Vila Rica (atual Ouro Preto) e uma elite urbana, ocorre aqui também a Inconfidência Mineira, tentativa mal sucedida de libertar Minas Gerais do domínio português.

No Arcadismo temos ainda a Antiguidade Clássica como temática, uma idealização da vida no campo e a procura por simplicidade, inclusive na linguagem, além da valorização do amor platônico. Destacamos a poesia lírica de Tomás Antonio Gonzaga, em sua obra Marília de Dirceu, e de Cláudio Manuel da Costa (poeta inconfidente) em Obras Poéticas, a poesia épica de José de Santa Rita Durão em Caramuru. Alguns autores vão manifestar sua revolta com a política, em especial fazendo uso da sátira.

FONTES:

• Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Escolas_liter%C3%A1rias> Acesso em 23.mar.2021;

• Disponível em <https://www.portugues.com.br/literatura/estilos-epoca.html> Acesso em 23.mar.2021;

• Disponível em <https://www.infoescola.com/literatura/escolas-literarias/> Acesso em 23.mar.2021;

• Disponível em <https://www.todamateria.com.br/escolas-literarias/> Acesso em 23.03.2021;

• Disponível em <http://www.dominiopublico.gov.br/> Acesso em 30.mar.2021;

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